O Governo Suíço votou pela extensão por mais três anos da moratória às plantas transgênicas, que expiraria em novembro de 2010.
A prorrogação visa dar tempo para que um programa nacional de pesquisa sobre os benefícios e riscos das lavouras transgênicas seja concluído e seus resultados avaliados. Estão sendo estudadas questões sobre a segurança biológica das plantas transgênicas e a coexistência entre lavouras transgênicas, convencionais e orgânicas.
O governo impôs uma moratória ao cultivo comercial de transgênicos em 2005, uma vez que não havia demanda por eles na Suíça até aquele momento e que havia grandes lacunas no conhecimento científico sobre os riscos desta tecnologia. Logo em seguida o programa de pesquisa foi lançado e espera-se que ele chegue a termo em meados de 2012.
Segundo o governo suíço, a moratória não causou nenhum problema óbvio, nem para a indústria agrícola, nem para pesquisadores ou para as relações internacionais. Na verdade, alega o governo, os agricultores se beneficiaram pelo fato de poderem comercializar seus produtos nos mercados internacionais como livres de transgênicos.
Em nota, a AS-PTA, argumenta que "enquanto os suíços comemoram, a empresa suíça Syngenta segue contaminando produtos mundo afora. Em 2006 a empresa pagou 1,5 milhão de dólares de multa à Agencia de Proteção Ambiental (EPA) dos Estados Unidos por ter vendido e distribuído o Bt10, uma variedade de milho transgênico não aprovada para consumo humano. Aqui no Brasil a empresa foi multada em R$ 1 milhão pelo Ibama por crimes ambientais também em 2006, mas ainda não pagou. Seu milho Bt11 foi aprovado no ano passado pela CTNBio, mas ainda depende de aval do Conselho Nacional de Biossegurança para ser comercializado já que a Anvisa é contra a liberação. A empresa também está envolvida com a morte de uma liderança do MST no Paraná".
Fonte: Conselho de Fiscalização do Cumprimento da Lei de Transgênicos
Cartoon: Khalil Bendib (www.bendib.com)
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