segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Monsanto aumenta em 16,67% royalties de semente de soja transgênica

"O jornal gaúcho Zero Hora divulgou, recentemente, que a Monsanto aumentou em 16,67% o valor da taxa que cobrará dos agricultores que plantarem suas sementes transgênicas Roundup Ready na safra 2008/2009. Segundo o jornal, "após dois anos de congelamento, os royalties cobrados pela multinacional Monsanto, detentora da tecnologia Roundup Ready (RR), subiram de R$ 0,30 para R$ 0,35 por quilo na compra de semente certificada".

Entidades como a Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Estado (Fetag) e a Farsul, que historicamente defenderam a liberação da soja transgênica, criticaram o aumento do custo e o fato de ele ter sido decidido sem conversas com o setor. Para os produtores que usarem sementes próprias será cobrada uma taxa de 2% sobre o valor da saca de grão vendida, conforme informou a Associação Brasileira dos Produtores de Sementes (Abrasem). A cobrança representa uma indenização à Monsanto por parte dos produtores, por terem usado indevidamente sua tecnologia patenteada, ou seja, por terem multiplicado sementes.

A Associação dos Produtores e Comerciantes de Sementes e Mudas do Rio Grande do Sul (Apassul) estima que, nesta safra, 40% da área de soja no Estado será plantada com semente certificada. Se considerar que toda essa área será transgênica, a Monsanto recolherá mais de R$ 28 milhões em royalties sobre as sementes, já aplicando o novo valor. O aumento do valor dos royalties puxará para cima também o preço da semente, que deve ficar entre R$ 1,50 e R$ 2 o kg.

Se o restante da área de soja no Rio Grande do Sul for plantado com semente transgênica produzida pelos agricultores e produzir, em média, 2.400 kg/ha, a Monsanto recolherá aproximadamente R$ 86 milhões de indenização pelo uso das suas sementes, considerando R$ 45 a saca de 60 kg de soja. Somado a isso, o preço dos fertilizantes não pára de subir e já dobrou em um ano.
No atual cenário de crise dos alimentos, aquecimento global e fim do petróleo, o atual sistema agroalimentar deve ser urgentemente repensado. Tanto o setor das sementes como o dos fertilizantes são altamente concentrados e transnacionalizados. Monsanto, Syngenta, Cargill, Bunge e outras poucas capitalizam lucros recordes com este cenário de crise."

Fonte: Jornal Zero Hora e Jornale

Quanto tempo ainda levará para que o Brasil e o mundo acordem?

Aumento do uso de herbicidas, plantas resistentes ao glifosato, produção 10% menor que a convencional e cobrança de royalties, o que mais os agricultores precisam saber para dizer NÃO aos Transgênicos?

Nenhum comentário: