sábado, 31 de janeiro de 2009

É Agora ou Agora (2)

greenpeace mundo derretendoO ministro Carlos Minc visitou o Artic Sunrise em Belém, na quinta-feira.
Em sua visita prometeu agilizar a realização de um plano de manejo e determinar que atividades ilegais na reserva promovida pelos invasores sejam coibidas. O plano de manejo é fundamental para dar as diretrizes para as atividades que podem ser realizadas dentro da reserva, que é uma Unidade de Conservação.Além disso, deu seu apoio às energias renováveis.
Para saber mais, visite o site do Greenpeace.

ministro carlos minc artic sunrise
Foto: Greenpeace / Rodrigo Baleia

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

É Agora ou Agora

Este post não é sobre transgênicos, mas sobre outro assunto também de extrema importância. É sobre a nova campanha do Greenpeace, É Agora ou Agora. A campanha deve abrir os olhos dos políticos na reunião da ONU sobre o clima em Copenhagen, onde se reuniram representantes de mais de 200 países. A meta é estabilizar as emissões de CO2 em 2015 e iniciar uma economia baseada no carbono zero até 2050.
Para ajudar, faça a sua parte. Envie uma mensagem para o governo brasileiro, pedindo para ele fazer a dele, ou seja, zerar o desmatamento na Amazônia, estimular energias renováveis e criar um rede de reservas marinhas para manter os oceanos vivos.

A divulgação da campanha se dá através do Artic Sunrise, o navio do Greenpeace que está no Brasil. A expedição começou em Manaus e vai passar por Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Rio de Janeiro e Santos. Para acompanhar a expedição acesse o blog do greenpeace.

Abaixo as datas:
Dias 10 e 11/01 o navio esteve em Manaus (AM)
  
29, 30, 31/01 e 01/02 – Belém (PA)
Armazén 3
Estação das docas

 
07 e 08/02 – Fortaleza (CE)
Armazém A2
Terminal de passageiros


14 e 15/02 – Recife (PE)
Porto de Recife
Proximo ao Marco Zero

 

07 e 08/03 – Salvador (BA)
Porto de Salvador/Codeba

 

21 e 22/03 – Rio de Janeiro (RJ)
Pier Mauá

28 e 29/03 - Santos (SP)
Porto de Santos

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Comissão Européia quer introduzir 2 milhos transgênicos

Abaixo, tradução livre dos artigos da ALICE Economia e VELINO.it, sobre a decisão da Comissão Européia que quer introduzir 2 milhos transgênicos na Europa, um da Syngenta e outro da Pioneer:
A aprovação de mais 2 variedade de milho, ambas geneticamente modificadas para exprimir um gene que produz um inseticida "incorporado" na planta para responder aos lepidópteros que a parasitam, estava bloqueada desde que alguns Estados membros e associações ambientais levaram 11 publicações científicas que indicavam potenciais efeitos nocivos da plantação destes ogm para o ambiente. A EFSA (FDA européia), contudo, concluiu que "as publicações não são idôneas a invalidar a avaliação de risco" e que foram publicados nates da autoridade alimentar. A decisão pasa agora para os especialistas representantes dos Estados membros, e que podem ou não aprovar a proposta da Comissão Européia apenas com a maioria dos votos. Se não for atingida a maioria, a proposta passa diretamente aos ministros dos 27 no Conselho da União Européia, que devem decidir segundo o próprio sistema. Se, também neste caso, não seja alcançada a maioria, a autorização poderá ser dada pela prórpia Comissão Européia.
Legambiente, uma associação ambiental italiana, diz que "a proposta da Comissão européia é um fato grave que esperamos fortemente venha a ser desconsiderado pelo senso de responsabilidade dos países membros chamados para votá-lo"."Se, como é claramente evidente a todos, não podemos contar com a Agência européia para a defesa da nossa saúde - declara o responsável pela agricultura da Legambiente, Francesco Ferrante - ao menos, sejam os governos a assumir a tarefa de defender o ambiente e a economia, contrariando a hipótese devastadora e irreversivel de cultivar plantas ogm na Europa..."
Para quem não se lembra, o jornal britânico, The Independent on Sunday, revelou um escândalo na Europa. Os dirigentes de 27 países da União Européia se reuniram secretamente para acelerar os processos de autorização dos cultivos transgênicos, contrariar a oposição, acalmar a população e intervir a favor dos representantes da indústria. O artigo resume alguns documentos confidenciais bastante espantosos. As reuniões secretas foram convocadas por José Manuel Barroso, presidente da Comissão Européia, e presididas por seu chefe de cabinete, João Vale de Almeida.
A Europa está lutando contra a entrada dos transgênicos. Nós também devemos fazer a nossa parte. Mande emails para as suas marcas preferidas perguntando se utilizam produtos transgênicos, acompanhe o guia do consumidor do greenpeace e não compre alimentos transgênicos. O poder está com o consumidor.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Agrotóxico da Bayer usado no arroz GM não poderá ter sua licença renovada na Europa

O glufosinato de amônio, produzido pela Bayer, usado no seu arroz transgênico, não poderá mais ter sua licença renovada, junto com outros 21 agrotóxicos. A notícia vem do site do Greenpeace.
Abaixo um trecho do artigo:

"A Comissão Européia anunciou hoje a nova lei de pesticidas, que impede a renovação da licença de mercado do agrotóxico glufosinato de amônio - usado em lavouras de algodão, milho e arroz transgênicos, dentre outras culturas - em seus países membros. Outros 21 pesticidas também entraram na lista.

Apesar da boa notícia, a lei só vale para as futuras licenças de uso e suas renovações. Com isso, algumas substâncias perigosas permanecerão sendo utilizadas até 2020, colocando em risco populações e o meio ambiente.

A conclusão do corpo de cientistas consultados pela Comissão é de que o glufosinato apresenta alto nível de toxicidade, considerado impróprio para uso em lavouras e para consumo humano, mesmo em quantidades mínimas.

O glufosinato é produzido pela Bayer, que também desenvolve transgênicos resistentes a este tóxico. Um exemplo de transgênico resistente a glufosinato é o arroz Liberty Link 62, que, no Brasil, aguarda audiência pública antes de ser votado na CTNBio."
Para saber mais: Greenpeace e OutraAgricultura

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Monsanto quer manter o lucro no glifosato.

Abaixo, a reportagem no site Pork World.
"O setor agropecuário promete marcar presença nesta semana em Brasília, quando será avaliado pedido de taxação sobre as importações de glifosato. O Grupo Técnico de Defesa Comercial do Ministério do Desenvolvimento avalia a recomendação do Decom sobre a taxação de 35,8% do glifosato importado da China.

Pedido da Monsanto: O aumento da taxação foi pedido pela Monsanto. Segundo dados dos representantes do setor agrícola, a empresa detém 98% do mercado nacional de glifosato e em 2007 a demanda pelo produto movimentou R$ 1,2 bilhão no Brasil.

Decisão justa: Já a Monsanto considera que a ação antidumping sobre o glifosato importado da China se justifica para garantir a concorrência justa entre o produto fabricado no Brasil e o importado da China.
Fonte : Folha de S. Paulo."

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Transgênicos, solução para a fome? Não, a resposta é a Agricultura Orgânica!

Um estudo realizado pelo Programa Ambiental das Nações Unidas (United Nations Environment Programme - UNEP) concluiu que a agricultura orgânica é a melhor opção para quebrar o longo ciclo de pobreza e má nutrição da África.
A pesquisa sugere que a produção orgânica em pequena escala possa aumentar a produção, além de reverter os prejuízos ambientais e sociais, garantindo uma maior segurança alimentar.
O estudo completo pode ser baixado no site das Nações Unidas.

Fonte: UNEP

Engenharia genética feita em casa

Abaixo, trecho da reportagem sobre amadores que estão trabalhando com engenharia genética em casa. Agora não é mais necessário um laboratório para experimentos!
Amateurs are trying genetic engineering at home

by Marcus Wohlsen, Associated Press
December 26th, 2008

SAN FRANCISCO (AP) - The Apple computer was invented in a garage. Same with the Google search engine. Now, tinkerers are working at home with the basic building blocks of life itself.

Using homemade lab equipment and the wealth of scientific knowledge available online, these hobbyists are trying to create new life forms through genetic engineering - a field long dominated by Ph.D.s toiling in university and corporate laboratories.

In her San Francisco dining room lab, for example, 31-year-old computer programmer Meredith L. Patterson is trying to develop genetically altered yogurt bacteria that will glow green to signal the presence of melamine, the chemical that turned Chinese-made baby formula and pet food deadly.

"People can really work on projects for the good of humanity while learning about something they want to learn about in the process," she said.

cientista maluco transgenicos
....
Many of these amateurs may have studied biology in college but have no advanced degrees and are not earning a living in the biotechnology field. Some proudly call themselves "biohackers" - innovators who push technological boundaries and put the spread of knowledge before profits.
...
Jim Thomas of ETC Group, a biotechnology watchdog organization, warned that synthetic organisms in the hands of amateurs could escape and cause outbreaks of incurable diseases or unpredictable environmental damage.

"Once you move to people working in their garage or other informal location, there's no safety process in place," he said.

Some also fear that terrorists might attempt do-it-yourself genetic engineering. But Patterson said: "A terrorist doesn't need to go to the DIYbio community. They can just enroll in their local community college."

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Projeto Fronteira Agrícola, só vantagens (para a Monsanto)

O projeto Fronteira Agrícola foi lançado em setembro do ano passado e durará até abril de 2009. Um caminhão roda as principais áreas agrícolas do país, divulgando a empresa e os produtos:
“O nosso principal objetivo neste projeto itinerante é levar conhecimento técnico ao agricultor, a respeito das principais tecnologias da Monsanto ligadas a Roundup®, como o correto manejo da Soja RR, de modo que ele possa aproveitar ao máximo todos os benefícios que os produtos podem proporcionar”, diz o gerente de produto de Soja da Monsanto, Fábio Sgarbi.
O Fronteira da Tecnologia é investimento muito valioso para Monsanto, já que permite um forte intercâmbio de experiências que podem alavancar ainda mais a produtividade no campo de maneira sustentável”(!!), afirma Alessandra Fajardo, coordenadora de Comunicação de Roundup.
Além da utilização para apresentações sobre novas tecnologias e técnicas de manejo, o caminhão tem a vantagem de se transformar em uma sala de cinema (!!) nos intervalos das apresentações técnicas em algumas cidades, permitindo que inúmeras pessoas de regiões próximas do local onde o veículo fica estacionado assistam, em várias sessões, filmes clássicos nacionais e internacionais. “O Fronteira da Tecnologia não é apenas um centro de difusão de tecnologia, mas um espaço de entretenimento para as comunidades mais carentes das cidades onde o caminhão irá passar” (!!), afirma Clarissa Novaes, analista de marketing de Soja. 
O texto completo está em Agora MS.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

"A Monsanto não é confiável", Marie-Monique Robin

Marie-Monique Robin em entrevista à Época, diz que não se pode confiar na empresa Monsanto. Abaixo, um trecho da entrevista:
ÉPOCA – Existem outras companhias que também desenvolvem a biotecnologia e possuem patentes sobre sementes. Por que fazer um livro exclusivamente sobre a Monsanto?

Marie-Monique Robin -
Há cinco anos, quando trabalhava em três documentários sobre biodiversidade e os organismos geneticamente modificados – e ainda acreditava que eles não teriam problemas – eu acabei viajando muito. Fui para Canadá, México, Argentina, Brasil e Índia, e em todas essas regiões eu sempre encontrava denúncias contra a Monsanto. Foi quando eu decidi buscar quem é essa companhia que agora é a maior produtora de biotecnologia e de alimentos geneticamente modificados do planeta.

o mundo segundo monsantoÉPOCA – E como seria esse mundo segundo a Monsanto que você descobriu?

Marie -
Cheio de pesticidas. Cerca de 70% dos alimentos geneticamente modificados são feitos para serem plantados com uso do agrotóxico Roundup. Ao comer uma transgênico, a pessoa está praticamente ingerindo Roundup. E, ao contrário do que propagou a Monsanto, esse pesticida não é bom ao meio ambiente e muito menos biodigradável. Ele é muito tóxico. Tenho certeza de que nos próximos cinco anos ele vai ser proibido no mundo, tal como aconteceu com outro produto da companhia, o DDT. O mundo segundo a Monsanto também é dominado por monoculturas. O que é um problema para a segurança alimentar, pois concentra a produção de alimentos na mão de poucos. Também considero arriscado deixar a alimentação mundial na mão de companhias que no passado produziam venenos e armas químicas como o agente laranja, despejado por tropas americanas no Vietnã.

ÉPOCA – Os transgênicos são festejados por reduzirem o uso de pesticidas. Eles não teriam ao menos esse lado bom?

monsantoMarie – Não, isso é mentira. Os transgênicos não reduzem o uso de agrotóxicos. Pelo contrário, eles geram ervas daninhas cada vez mais resistentes aos agrotóxicos. Os transgênicos são apenas uma forma da Monsanto controlar a produção de alimentos no mundo.
Na entrevista a autora informa qual será o tema do seu próximo livro: "a relação entre a comida que consumimos depois da Revolução Verde e o aumento de doenças como o câncer e o Parkison". Com certeza será outro livro bombástico!
A Revista Época também procurou a Monsanto, que em sua defesa até fez uma página no seu site. Lógico, que eles informam que o Roundup não faz mal à saúde humana e nem ao ambiente; que não existem conexões corporativas com governos americanos; que o hormônio de crecimento bovino não é danoso e já foi testado pelo FDA e que não há evidências entre a exposição aos PCBs e o câncer. Enfim, prefiro acreditar nas palavras de Marie-Monique, "A Monsanto não é confiável".
Para quem não pode assistir ao debate e ao documentário, fiz aqui um repasse sobre o evento que contou com a presença da autora.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Monsanto cresce 117% em relação ao ano passado

Os lucros da Monsanto não param de crescer, a mesma aumentou a previsão de lucro para este ano.
dinheiro em árvoreSegundo a companhia, os lucros por ação deverão se situar na faixa entre US$ 4,40 a US$ 4,50 quando a estimativa anterior era de US$ 4,20 a US$ 4,50. No primeiro trimestre fiscal do ano de 2009, a Monsanto obteve lucro líquido de US$ 556 milhões, um crescimento de 117% em relação ao mesmo período do ano passado quando o lucro fora de US$ 256 milhões. "A contínua demanda pelos nossos produtos possibilitou que a Monsanto obtivesse resultados sólidos", declarou o presidente e diretor executivo da companhia, Hugh Grant.
Segundo Grant, a empresa destacou-se principalmente na América Latina, o que gerou confiança para o aumento do guidance para este ano e o início dos compromissos em aumentar os lucros no ano de 2012. 'Com os progressos mais recentes, estamos ansiosos para superar os agricultores empresariais', finalizou Grant. (Gazeta Mercantil)
Parte desse grande crescimento se deve ao herbicida Roundup, o qual teve sua toxicidade comprovada mais uma vez. O estudo foi realizado por um especialista em biologia molecular:
roundup"Trabalhamos com células de recém-nascidos com quantidades do produto 100.000 vezes inferiores com as quais qualquer jardineiro comum está em contato. O Roundup programa a morte das células em poucas horas", declarou à cientista francês Gilles-Eric Séralini, professor de biologia molecular, autor do estudo publicado pela revista Chemical Research in Toxicology.

"Os riscos são principalmente para as mulheres grávidas, mas não apenas para elas", acrescentou o pesquisador do Comitê de Pequisa e Informação Independente sobre Engenharia Genética (Crii-gen).
Da alergia ao câncer, quando é maior a fragilidade da pessoa, maior é o risco, acrescentou. (G1)
O trabalho está na Chemical Research in Toxicology. (Outra Agricultura)

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

CTNBio 2009

arroz transgenico ogmEm 2008 a CTNBio aprovou 539 solicitações de pesquisas, liberações planejadas, projetos e relatórios. As liberações comerciais de sementes foram 8, sendo 3 de milho, 2 de algodão e 3 de vacinas contra a circovirose, uma doença dos suínos.
Para 2009, já estão na fila outros 7 processos de sementes para análise. Entre os quais, a variedade de arroz tolerante ao herbicida glufosinato de amônio que terá uma audiência pública no começo de 2009.

Fonte: Canal Rural