Para quem não pôde ir ao debate farei aqui um repasse do evento. Fez parte da mesa do debate o Rafael, do Greenpeace, a Professora Dra. Larissa Mies Bombardi e um representante do MST.
Primeiramente houve a apresentação do documentário, muito bem feito e com diversos testemunhos inacreditáveis. Vale realmente a pena assistir (O Mundo Segundo Monsanto, em inglês). No mesmo dia houve o lançamento do livro, em português.
Após a exibição do documentário houve um debate com a presença da autora, Marie-Monique Robin. O debate foi interessantíssimo e muito rico. Ela contou que fez o documentário sobre a Monsanto por que em todo lugar que ela ia (para fazer um outro documentário) as pessoas falavam sobre a empresa e sugeriam que ela fizesse um documentário.
Ao pesquisar mais sobre a Monsanto ela encontrou dados de que a empresa é produtora de 90% dos transgênicos do mundo e é a maior empresa produtora de sementes, não só as transgênicas (ogm) mas também as convencionais.
Antes da pesquisa ela disse que era uma vítima da desinformação, mesmo sendo filha de produtores e com um irmão engenheiro agrônomo. Quando perguntava para o irmão sobre transgênicos, a resposta que recebia era que "1 gene a mais, 1 gene a menos não faria diferença". Hoje, disse a autora, o irmão mudou de opinião.
Quando o assunto se voltou para a Equivalência Substancial, depois de ter visto o documentário e lido o livro, vê-se claramente que foi uma decisão política, para que não houvesse necessidade de estudos sobre os GMOs. A equivalência substancial é um princípio de que os transgênicos não diferem ou têm diferenças insignificantes (Pg 162 do livro: "Na maioria dos casos, as substâncias que se espera tornarem-se componentes de alimentos como resultado da modificação genética serão as mesmas ou substancialmente similares a substâncias comumente encontradas em alimentos). Assim, assume-se que não há diferenças significativas que exijam estudos.
No início a autora tinha medo de ser processada para se prevenir, cada palavra do livro e do documentário foram analisadas pelo melhor advogado de Paris. Além disso, quem faz as afirmações são pessoas próximas da própria empresa, e não ela, e são comprovadas.
Um coisa interessante foi que o filme estava legendado em português, porém, não era o filme oficial. O documentario foi traduzido para o inglês, francês e alemão, oficialmente. Ele ainda não foi traduzido para espanhol e português porque a Marie-Monique Robin disse não haver encontrado um empresa séria na qual ela pudesse confiar aqui na América Latina. O medo dela é que a Monsanto compre essa empresa e detenha os direitos autorais, retirando do mercado o filme. Assim, o filme apresentado foi uma cópia pirata! e ela mesma disse isso. O filme passou numa TV francesa, e mesmo assim, vendeu milhares de cópias... o que é uma coisa inédita para um filme que passa pela TV. As pessoas quiseram tê-lo como um documento.
Um coisa interessante foi que o filme estava legendado em português, porém, não era o filme oficial. O documentario foi traduzido para o inglês, francês e alemão, oficialmente. Ele ainda não foi traduzido para espanhol e português porque a Marie-Monique Robin disse não haver encontrado um empresa séria na qual ela pudesse confiar aqui na América Latina. O medo dela é que a Monsanto compre essa empresa e detenha os direitos autorais, retirando do mercado o filme. Assim, o filme apresentado foi uma cópia pirata! e ela mesma disse isso. O filme passou numa TV francesa, e mesmo assim, vendeu milhares de cópias... o que é uma coisa inédita para um filme que passa pela TV. As pessoas quiseram tê-lo como um documento.
Quando a empresa e as pessoas envolvidas são questionadas sobre o documentário a resposta é: "No comments". Ou seja, quem cala consente!
No fim, a autora sugere que sejam feitos estudos sobre as consequências da manipulação dos genes.
Segundo Marie-Monique, não se trata de uma conspiração global, mas sim, de DESINFORMAÇÃO. As informações, os estudos, os documentos estão todos na net... procura quem quer, se informa quem quer (às vezes, é muito cômodo se manter na ignorância e não tomar conhecimento do que está ocorrendo e de como lutar contra isso).
É possível mudarmos o rumo para o qual os transgênicos estão nos levando. Os consumidores têm o poder. Faça uso do seu. Rejeite produtos geneticamente modificados. Compre produtos orgânicos e se possível do local.
Para saber mais sobre a empresa, há o artigo da Vanity Fair que trata do histórico da Monsanto e das ameaças sofridas pelos produtores.
Para entrevistas sobre o livro e sobre a Monsanto, há um artigo no Ecodebate.
Para comprar O Mundo Segundo Monsanto acesse o site da Radical Livros.
Para entrevistas sobre o livro e sobre a Monsanto, há um artigo no Ecodebate.
Para comprar O Mundo Segundo Monsanto acesse o site da Radical Livros.
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