O glifosato é a base, por exemplo, do agrotóxico Roundup, da Monsanto, para o qual foram criadas variedades de soja geneticamente modificada (Soja RR). Essa soja transgênica, resistente ao glifosato, é muito plantada na Argentina e também no Brasil, principalmente na região Sul. Segundo investigação feita pelo instituto de pesquisas Conicet, o glifosato pode causar má-formação embrionária em rãs, por exemplo. E pode ter implicações sérias para seres humanos.
Pesquisadores do instituto suspeitam que a classificação de toxicidade do glifosato esteja muito abaixo do que deveria ser. Há registro de vários casos de residentes próximos das regiões produtoras de soja na Argentina que relataram problemas de saúde a partir de 2002, dois anos após as primeiras safras de soja transgênica. Pesquisas conduzidas por cientistas argentinos e evidências levantadas por outros ativistas do país indicam elevada incidência de defeitos de nascença e câncer em pessoas que vivem perto das regiões de pulverização de glifosato em lavouras.
A Argentina é o maior exportador mundial de óleo de soja e segundo maior na exportação de milho, terceiro em soja, e sétimo em trigo. O glifosato é o agrotóxico mais usado e os produtores gastam com ele cerca de US$ 450 milhões por ano, usando anualmente 150 milhões de litros nas lavouras. As informações partem do Greenpeace.
Fonte: Greenpeace
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