sexta-feira, 31 de julho de 2009

Não há pesquisas independentes com transgênicos

A Revista "Scientific American", de reputação internacional, afirma que como empresas de biotecnologia impedem a realização de pesquisas independentes sobre transgênicos. Além de explicar o porquê isso ocorre no meio acadêmico.
Para quem não sabe, quando se compra sementes transgênicas é obrigatório assinar um contrato que estipula o que pode e o que não pode ser feito com as sementes. Você pode pesquisar a semente, claro, mas deve ter a autorização da empresa. Muitas vezes a publicação não ocorre porque os resultados não são considerados positivos pela empresa.
Para o artigo traduzido em português acesse a AS-PTA.

Orgânicos não são mais nutritivos que convencionais. Será??


No Boletim Por um Brasil Livre de Transgênicos 452, há um texto interessantíssimo sobre o estudo inglês que concluiu que "os alimentos orgânicos não são mais nutritivos que os convencionais". O texto aborda com clareza os falhos argumentos utilizados pelos autores. Vale lembrar que foi no Reino Unido que o governo escondeu campos experimentais de transgênicos.
Abaixo o texto:
Pesquisadores concluem que orgânicos não trazem benefícios à saúde. Será mesmo?
Há grande diferença entre dizer que algo não ocorre e dizer que não há evidências suficientes para saber se ele ocorre ou não. Essa sutil distinção, porém de grandes consequências, está por trás do debate recém lançado em função da divulgação de um estudo da Agência inglesa de Padronização Alimentar (FSA) sobre os alimentos orgânicos. Manchetes como a da agência BBC estampam o seguinte: “Alimentos orgânicos não são mais nutritivos do que os convencionais”. Assim, no afirmativo, a questão parece dada como encerrada. É certeza absoluta.
Há, entretanto, considerável diferença entre o que diz o estudo e o que foi publicado sobre ele na imprensa -- inclusive através da assessoria de imprensa da própria FSA. E, curiosamente, há também algumas diferenças entre dados que o estudo revela e as conclusões dos autores.
A pesquisa foi feita em duas partes e analisou os estudos realizados nos últimos 50 anos sobre efeitos dos orgânicos à saúde. Os critérios de filtragem foram definidos de acordo com os padrões estabelecidos pela equipe da London School of Hygiene and Tropical Medicine e os pesquisadores consideraram aceitáveis apenas os estudos cujos resultados apresentaram relevância clara e direta para a saúde humana.
As análises compararam níveis de determinados “nutrientes e outras substâncias” em alimentos orgânicos e convencionais. Logo no sumário executivo do estudo pode-se ler que “foram encontradas diferenças significativas entre alimentos produzidos de forma orgânica ou convencional no conteúdo de alguns minerais (mais nitrogênio em produtos convencionais; mais magnésio e zinco em produtos orgânicos), fitonutrientes (mais compostos fenólicos e flavonoides em produtos orgânicos) e açúcares (mais em orgânicos).
Mesmo assim, os autores concluem que “não há atualmente declaração definitiva independente sobre a natureza e importância de diferenças de conteúdo de nutrientes e outras substâncias nutricionalmente relevantes (nutrientes e outras substâncias) entre alimentos produzidos de forma orgânica ou convencional.”
Porém, mais importante do que isso é destacar que o estudo desconsiderou em suas análises os componentes contaminantes, como resíduos de herbicidas, inseticidas e fungicidas e seus efeitos de longo prazo na saúde humana (além, é claro, de ter ignorado os impactos ambientais das práticas orgânicas e convencionais).
Desconsiderar o uso de venenos parece um critério no mínimo curioso para uma revisão tão pretensiosa, cujos autores chegam a declarar que “Este estudo não significa que as pessoas não devem comer alimentos orgânicos. O que ele mostra é que existe pouca, se é que alguma, diferença nutricional entre alimentos produzidos de forma orgânica e convencional e que não há evidência de benefícios adicionais à saúde ao se consumir alimentos orgânicos”.
Além disso, os autores ressaltam em diversos momentos a falta de dados disponíveis para a realização do estudo e, em muitos casos, a baixa qualidade das pesquisas.
Na palavra dos autores: “Concluindo, considerando a limitação dos dados disponíveis e o fato de eles serem altamente variáveis, e a preocupação em relação à confiabilidade de algumas das descobertas relatadas, não há atualmente evidências de um benefício à saúde resultante do consumo de orgânicos quando comparados aos produtos produzidos convencionalmente. Deve-se notar que esta conclusão diz respeito à base de evidências atualmente disponíveis sobre os nutrientes presentes nos alimentos, que apresentam limitações em seus desenhos e na comparação entre estudos”.
Ou seja: na verdade, com base no método adotado para a seleção dos estudos e depois para a comparação entre eles, a pesquisa só concluiu que hoje não se consegue concluir nada. Bastante diferente de afirmar que “orgânicos não são mais nutritivos do que os convencionais”.
Vale observar ainda uma declaração da Soil Association, uma das mais importantes organizações do setor orgânico no Reino Unido, dizendo que a FSA falhou ao não incluir no estudo os resultados de uma enorme pesquisa financiada pela União Européia que encontrou níveis maiores de “compostos nutricionalmente desejáveis” em alimentos orgânicos.
Bem, queiram ou não os ingleses da FSA, continuaremos preferindo os alimentos orgânicos por mil e um motivos, inclusive os de saúde.
Fonte: AS-PTA

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Monsanto NÃO entra com liminar contra a cartilha de orgânicos

A cartilha produzida pelo Ministério da Agricultura sobre agroecologia não teve sua distribuição impedida. A cartilha "O Olho do Consumidor", com ilustrações de Ziraldo, foi lançada para divulgar a criação do "Selo do SISORG" (Sistema Brasileiro de Avaliação de Conformidade Orgânica) que pretende padronizar, identificar e valorizar produtos orgânicos, orientando o consumidor e fiscalizando as entidades certificadoras.
A tiragem foi de 620 mil cópias.
Segundo me informado por email, através da Heloísa Moraes da CDI Comunicação Corporativa:
Por conta dos recentes boatos que têm circulado na internet, sobre uma possível ação judicial da Monsanto contra campanha educativa coordenada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) sobre os benefícios de alimentos livres de agrotóxicos, a Monsanto esclarece que eles não procedem e que desconhece a origem dessa informação. A empresa reafirma o respeito pela liberdade de opinião, expressão e escolha do mercado, instituições e empresas pela utilização de culturas convencionais, geneticamente modificadas ou orgânicas. A Monsanto se orgulha de ser líder em biotecnologia agrícola e acredita profundamente nos benefícios das culturas geneticamente modificadas, que têm potencial para ajudar a aumentar a produção de alimentos, com menos recursos naturais e, ainda, melhorar a vida de agricultores em todo o mundo.
Assim como o Gabriel Cunha também alertou em seu blog.
Agradeço os alertas! Não sei quem começou, mas nós já retificamos o erro.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Arroz OGM com ferro

Uma equipe de pesquisadores do Politécnico de Zurigo, dirigido por Christoff Sautter e Wilhelm Gruissen,  criaram uma variedade de arroz transgênico (ogm) mais rica em ferro do que aquela normal.
Os pesquisadores publicaram o artigo no "Plant Biotechnology Journal". Para obter a variedade OGM, eles transferiram 2 genes vegetais no arroz comum que permite o arroz absorver mais ferro. Isso novamente é chamado de a solução para a fome no mundo... Quem não se lembra do "arroz dourado"?  Aquele que produzia mais betacaroteno (precursor da vitamina A), o problema é que para atender as necessidades diárias era necessário comer 3kg do arroz, o que podia facilmente ser atendido com 100g de cenoura. Então fica a pergunta... quantos kilos desse arroz são necessários para suprir a necessidade diária de ferro??
Fonte: Newsfood.com

terça-feira, 28 de julho de 2009

Desabafos sobre transgênicos...

Abaixo, um desabafo da Aldeia das Amoreiras em Portugal sobre os transgênicos. O link original está no site do GAIA.
Desabafos (ao Ministro da Agricultura)
Eu peço a quem de direito
Que dirige a nossa nação
Que diga assim como eu digo
Alimentos transgénicos não.
Eu trabalho todo o ano
Quase produzo para comer
mas tenho pena daqueles
que isso não podem fazer.
O nosso trigo é o melhor
O nosso milho também
Peço para não se cultivar
Transgénicos para ninguém
Junte Portugal às outras nações
Que souberam dizer não
Para que o Alentejo volte a ser
O celeiro da nação
Junto a mim estamos muitos
Sou uma humilde criatura
Pedindo protecção
Ao sr. Ministro da Agricultura

 Maria do Céu Silva Manuel

Reino Unido esconde cultivos experimentais de transgênicos da população


Segundo o G1, o Reino Unido retomou em segredo os cultivos experimentais de transgênicos, um ano depois que ativistas destruíram uma lavoura de batatas geneticamente modificadas,baseado no jornal "The Daily Telegraph".
A população não foi avisada, contudo, o Ministério do Meio Ambiente, a Alimentação e os Assuntos Rurais quer que a permissão para esse cultivo continue sendo válido - já que foi concedida por três anos - e que as batatas transgênicas podem ser replantadas sem necessidade de avisar o público. (Para quem não assistou, recomendo o Documentário o Mundo Segundo Monsanto, nele a jornalista mostra pesquisadores de batata transgênica que foram demitidos por descobrirem que as batatas faziam mal aos ratos).
De acordo com o Ministério, as batatas não seriam utilizadas nem para consumo humano nem animal. Não se sabe onde está localizado o plantio, fontes informam que está protegido por cercas, câmeras de circuito fechado de TV e guardas de segurança. Isso porque todos os 54 plantios transgênicos feitos a partir de 2000 foram destruídos por ativistas.
Fonte: G1

sábado, 18 de julho de 2009

Governo de Obama e de Lula: decepção quanto aos transgênicos

O Boletim Por um Brasil Livre de Transgênicos Nº450 traz notícias com relação ao governo de Obama e os transgênicos. Altamente recomendada a leitura! Aliás, quem ainda não se cadastrou para receber os informativos deveria fazê-lo logo... é um trabalho muito sério e muito bem feito.
Abaixo, tomo a liberdade de reproduzir um trecho do informativo:
Obama põe lobista da Monsanto na FDA
A porta giratória entre a indústria e o governo continua rodando nos EUA. Em 06 de junho Barack Obama nomeou Michael R. Taylor para o cargo de Assessor Sênior de Margaret Hamburg, Presidente da Food and Drug Administration (FDA), órgão do governo americano que regulamenta alimentos e medicamentos.
Taylor é um antigo conhecido daqueles que acompanham a novela dos transgênicos. Sua história está intimamente ligada à aprovação dos transgênicos nos EUA (e, em consequência, no mundo).
Fazendo uma retrospectiva. Em 1991, após os cientistas da FDA concluírem que não havia segurança suficiente para a liberação de alimentos transgênicos no país, o governo de Bill Clinton criou um posto no órgão especialmente para Taylor, que trabalhara por sete anos como advogado da Monsanto.
No cargo de “deputy commissioner for policy”, uma espécie de conselheiro para políticas, Taylor comandou a criação do famoso conceito da “equivalência substancial” para comparar plantas transgênicas e convencionais. Segundo o método, fazendo-se uma comparação química grosseira entre uma planta transgênica e sua similar convencional, pode-se concluir que a transgênica é “substancialmente equivalente” à convencional e portanto, por princípio, é segura. Mais ainda, se ela é quimicamente equivalente e portanto segura, não é necessária a realização de testes exaustivos para verificar sua segurança. Brilhante, não?
Importante notar ainda que, segundo este incrível conceito, além de se comparar uma lista bastante limitada de elementos (como as quantidades de proteínas, carboidratos, vitaminas e minerais, entre alguns outros), em nenhum lugar são estabelecidos os níveis de similaridade que uma planta transgênica deve ter em relação à sua contraparte convencional para ser considerada equivalente.
E como se não bastasse a precariedade científica do conceito, ele costuma ser aplicado da forma mais tosca possível. Vejamos, por exemplo, o caso da soja tolerante ao herbicida glifosato. Conforme descreveram três renomados cientistas na revista Nature em 1999, “Embora nós saibamos há cerca de dez anos que a aplicação de glifosato na soja altera significativamente sua composição química (por exemplo, o nível de componentes fenólicos como isoflavonas), a soja resistente ao glifosato usada nos testes de composição cresceu sem a aplicação de glifosato. Isto apesar do fato de que as lavouras comerciais de soja tolerante ao glifosato seriam sempre tratadas com o produto para eliminar plantas invasoras. Os grãos testados eram, portanto, de um tipo que jamais seria consumido, enquanto aqueles que seriam consumidos não foram avaliados.”
Já naquela época os cientistas alertavam: “A equivalência substancial é um conceito pseudo-científico porque é um julgamento comercial e político mascarado de científico. Ele é, além disso, inerentemente anti-científico, porque foi criado primeiramente para fornecer uma desculpa para não se requererem testes bioquímicos e toxicológicos.”
Mas foi a partir deste princípio de Taylor que os transgênicos foram autorizados nos EUA, dispensando-se as análises de risco. O conceito foi difundido pelo mundo e possibilitou a liberação dos transgênicos em diversos países -- inclusive no Brasil.
Em sua passagem pela FDA, Taylor também foi responsável pela liberação nos EUA do hormônio de crescimento bovino transgênico (rBST ou rBGH, nas siglas usadas em inglês), da Monsanto. O produto é injetado em vacas para aumentar a produção de leite, mas diversos estudos apontam evidências de que ele produz efeitos colaterais nas vacas (como aumento da incidência de mastite) e que provoca no leite o aumento do nível de outro hormônio associado ao surgimento de câncer de mama, próstata e colo. Além disso, o uso de hormônio transgênico pode estar relacionado ao alto nível de nascimentos de gêmeos (Boletim 307).
Taylor não só conseguiu que o hormônio do leite fosse aprovado nos EUA, como impediu que a informação sobre o uso do produto aparecesse nos rótulos de embalagens de leite e derivados (a Monsanto chegou a processar os produtores que rotularam seu leite como “livre de rBST”; recentemente um grande movimento de consumidores conseguiu, em alguns estados americanos, impedir a aprovação de leis para proibir os rótulos “livre de hormônio de crescimento”) (Boletim 384). [1]
Após cumprir estes serviços Taylor saiu da FDA, em 1994. Foi para o Serviço de Inspeção e Segurança de Alimentos (FSIS) do USDA (ministério de agricultura dos EUA) e, em 1998, tornou-se um dos vice-presidentes da Monsanto, atuando na área de “políticas públicas” (espécie de “lobista-chefe” da empresa). Taylor ocupou este cargo por dois anos.
Agora de volta à FDA, Taylor enterra qualquer esperança que se poderia ter de que o governo de Obama conseguiria manter independência das indústrias de biotecnologia e promover mudanças importantes na precária política para a segurança dos alimentos no país.
Muda-se o piloto, mas mantém-se o resto da tripulação, que se encarrega de não permitir alterações de rota. Aliás (e infelizmente) este fenômeno é também bastante comum por aqui, especialmente nesta área -- afinal, quem diria, há dez anos atrás, que o Brasil escancararia as portas aos transgênicos justamente sob o PT de Lula?
--
[1] No Brasil o hormônio de crescimento bovino é liberado. Dois produtos comerciais são vendidos aqui: o Lactotropin, da Elanco, e o Boostin, da Schering-Plough. Nenhuma das empresas informa que o produto é transgênico e o Ministério da Agricultura não fiscaliza seu uso.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Monsanto investe em trigo transgênico

A Monsanto Company comprou a WestBred, empresa especializada no germoplasma do trigo, material genético para a produção de sementes, o custo foi de US$ 45 milhões. A intenção é a produção de trigo transgênico. Segundo Carl Casale, vice-presidente executivo de estratégia global e operações da Monsanto. "Com a WestBred, seremos capazes de oferecer avanços para o melhoramento genético e a biotecnologia, que proporcionarão aumento de produtividade para a triticultura."
As sementes desenvolvidas pela Monsanto com o germoplasma da WestBred servirão como base para a criação de novos eventos biotecnológicos, cujos focos iniciais serão tolerância à seca, uso de nitrogênio e maior produtividade. A Monsanto também irá explorar as oportunidades de tolerância a herbicidas e resistência a doenças, mas os planos não incluem desenvolvimentos do evento Roundup Ready® de primeira geração no trigo.
Será que a Monsanto não vai investir em Roundup Ready devido às diversas daninhas já resistentes ao herbicida??
Com a compra desta empresa, a Monsanto adquire uma enorme quantidade de germoplasma de trigo, que é a base do melhoramento genético tradicional (cruzamento natural de plantas). Assim, a quantidade de material disponível diminui... as opções do agricultor se afunilam... é um verdadeiro monopólio!
Fonte: Safra News

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Audiência pública sobre safra de milho transgênico no BR

A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) realizará audiência pública para discutir o plantio da primeira safra de milho transgênico autorizado pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), conforme requerimento da senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), aprovado nesta terça-feira (14) pela comissão.
Por sugestão do senador Gilberto Goellner (DEM-MT), o debate será realizado de forma conjunta com a Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), uma vez que as senadoras Marisa Serrano (PSDB-MS) e Marina Silva (PT-AC) também requereram audiência com a mesma finalidade naquela comissão.
Serys Slhessarenko informou que decidiu pedir a audiência por estar preocupada com o controle do que é milho transgênico e convencional. No caso da soja, ressaltou, o controle é feito facilmente. Já a diferenciação do milho convencional do transgênico é difícil de ser feita, observou. Ela ressaltou que o mercado exige informação sobre qual tipo de cereal é oferecido. A falta de controle, avaliou, poderá causar prejuízos econômicos ao setor.
Segundo matéria do jornal Folha de São Paulo, informou o senador Gilberto Goellner (DEM-MT), o país está perdendo o controle dos tipos de milho devido à falta de armazéns. De acordo com ele, a colheita do cereal coincide com a de soja, grão mais lucrativo para os produtores, e o milho não é armazenado corretamente.
Os convidados para o debate, bem como a data de sua realização, serão definidos pelas comissões.
Fonte: Agência Senado

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Suspeita de sementes transgênicas em hortas chinesas da Toscana

"Ontem foi bloqueada uma vasta área cultivada a céu aberto com sementes provenientes da China com características genéticas não claras. Além disso, os campos eram irrigados com água não controlada. Um dano não só àsaúde, mas também ao ambiente".
O ministro das políticas agrícolas alimentar e florestal Luza Zaia, comenta a operação denominada "Horta Chinesa" ocorrida na Comune di Prato com a participação do Comando da Província e do Núcleo Agroalimentar e Florestal de Roma do Corpo florestal do Estado em colaboração com o pessoal da Agência Regional de Proteção ao Ambiente e do Território da Toscana e da Polícia Municipal.
A operação "Horta Chinesa" apreendeu 4 hectares de campo cultivado com sementes não certificadas provenientes da China com características genéticas não conhecidas. Vinte quilos de sementes importadas sem autorização da China foram apreendidos. A horta, localizada em "Maliseti", era gerida por pessoal asiático.
O que agrava a situação é que estas sementes foram introduzidas em nosso território diretamente através dos cidadãos chineses em ocasião de suas viagens à China, com o material em sua bagagem pessoal. 
A operação "Horta Chinesa" foi a segunda realizada em Prato. Meses atrás outra operação ocorreu em 3 empresas de cidadãos chineses que tinham atividades de cultivo de hortaliças. No total das 2 operações foram inspecionados cerca de 13 hectares de terrenos cultivados com hortaliças, apreendidos 40 quilos de sementes de várias espécies vegetais.

Fonte: tradução livre de Libero.it.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Soja transgênica produz 9% menos

O texto abaixo foi extraído do Boletim 448 - Por um Brasil Livre de Transgênicos.

A informação vem da Fundação Pró-Sementes, que comparou o desempenho de 40 variedades de soja transgênica e 20 convencionais em 7 municípios gaúchos. O resultado foi que em média as variedades geneticamente modificadas produziram 9% menos que as convencionais, com custo de produção equivalente.

Mesmo assim, o executivo da Fundação Rui Rosinha afirmou que a transgenia tem sua maior eficiência na facilidade de manejo. A praticidade é a única das promessas que ainda se sustenta, as demais (um mundo melhor, combate à fome, alimentos saudáveis, menores custos etc.) não resistiram à realidade.

Com informações da Farsul e Correio do Povo, 18/06/2009.
http://pratoslimpos.org.br/?p=181

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Agência européia quer que o milho MON810 seja autorizado na Europa


"Geneticamente Pró-OGM", foi assim que o jornal Le Monde definiu a EFSA, a agência responsável por liberar os transgênicos, similar à CTNBio no Brasil.
Segundo a EFSA, o milho MON 810 tem "pouca probabilidade de ter efeitos adversos ao ambiente, saúde humana e animal." De fato é um parecer favorável ao pedido de re-autorização por 10 anos para comercialização e plantio do milho ogm da Monsanto.
Seis países europeus (Alemanha, França, Grécia, Áustria, Hungria e Luxemburgo) baniram a sua produção na espera de um acordo comunitário sobre OGM. O milho MON 810 é cultivado somente na Espanha, praticamente.
Desde sua criação, em 2002, a EFSA recebeu da indústria agroalimentar 119 pedidos de autorizações ou re-autorizações para organismos geneticamente modificados. Mais da metade (69) estão ainda em estudo, enquanto 42 já foram analisados e todos foram aprovados. (Até parece a nossa CTNBio!).
Mas de onde vem esse fator pró-ogm? Todo ano os membros da EFSA devem apresentar uma declaração detalhada onde atestam não possuirem conflitos de interesse, financeiros ou intelectuais. Mas associações como Friends of the Earth e Greenpeace contestam a independência da EFSA. Começando por seu presidente, Harry Kuiper, o qual foi coordenador de 2000 a 2003 de um programa de pesquisa europeu no qual participaram a Monsanto, a Bayer CropScience e a Syngenta. Deve ser muito independente mesmo...


Fonte: SlowFood