Após uma reunião dos ministros da agricultura europeus em que nada foi decidido, ficou a cargo da Comissão Europeia decidir sobre a aprovação de 2 variedades de milho geneticamente modificadas. Para quem não se lembra, o jornal britânico, The Independent on Sunday, revelou um escândalo na Europa. Os dirigentes de 27 países da União Européia se reuniram secretamente para acelerar os processos de autorização dos cultivos transgênicos, contrariar a oposição, acalmar a população e intervir a favor dos representantes da indústria. Nem é preciso dizer que com a decisão em suas mãos, a Comissão Européia aprovou ontem o milho MON 89034 e MON 88017, ambos da Monsanto.
terça-feira, 3 de novembro de 2009
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Batata transgênica é vetada na África do Sul
Boletim Por um Brasil Livre de Transgênicos 464:
O Conselho Executivo (EC), órgão do governo sulafricano encarregado de decidir sobre transgênicos, rejeitou o pedido do Conselho de Pesquisa Agrícola para autorização de uma variedade de batata transgênica. O órgão citou nada menos que 11 preocupações de biossegurança, agronômicas e socioeconômicas para justificar a decisão. Estas preocupações já haviam sido apontadas pela ONG African Centre for Biosafety (ABC), que alega que as batatas transgênicas colocam riscos inaceitáveis para a saúde humana, o meio ambiente e a comunidade agrícola.
A batata transgênica é tóxica à praga conhecida como traça-da-batata. Entretanto, além dos riscos que ela representa, ela certamente traria poucos benefícios aos agricultores sulafricanos, que enfrentam problemas muito mais fundamentais como dificuldade de acesso à água e sementes -- a traça-da-batata não é um problema prioritário para a maioria dos agricultores.
Para saber mais:
Nota à imprensa do African Centre for Biosafety, 15/10/2009.
O documento elaborado pela ABC contra o pedido de autorização para a batata transgênica está disponível, em inglês.
A cartilha científica do ABC sobre a batata transgênica, também em inglês, intitulada “Hot Potato” (Batata Quente)
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
CTNBio aprova milho transgênico, sob protesto do Greenpeace
A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou a liberação comercial de duas variedades de milho geneticamente modificado e uma de algodão, além de uma vacina contra infecção intestinal de aves.
O primeiro item da pauta, uma variedade de arroz geneticamente modificado, acabou não sendo examinado porque os conselheiros concluíram que o assunto precisaria ser melhor analisado.

Eles seguraram uma faixa com os dizeres: "Dilma, veneno no meu prato não". O presidente da CTNBio, Walter Colli, pediu para que se retirassem da sala. Eles, porém, assistiram integralmente à reunião, em pé.
Fonte: Estadão
Fábrica da Syngenta em Paulínia tem agrotóxicos apreendidos
Foi interdita a linha de produção e apreensão de 150 mil litros do agrotóxico Priori Xtra (azoxistrobina + ciproconazole) adulterado. Esse foi o resultado da fiscalização realizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), nesta quarta-feira (21), na fábrica da empresa Syngenta, de origem suíça, em Paulínia (SP).
Os lotes interditados eram produzidos com uma pré-mistura à base de ciproconazole sem registro. O decreto 4.074/02 determina a obrigatoriedade de registro para as pré-misturas utilizadas para a fabricação de agrotóxicos. A produção, com o uso da pré-mistura não autorizada, corresponde de 15 a 20% do agrotóxico Priori Xtra formulado pela empresa. O restante do produto é importado já formulado e apenas embalado no Brasil.
A empresa Syngenta possui cinco dias úteis para apresentar defesa prévia. Só este ano, a Anvisa já apreendeu mais de 5,5 milhões de litros de agrotóxicos adulterados. As fiscalizações ocorrem, principalmente, quando são identificados indícios de irregularidades nos produtos acabados.
No começo de outubro, a Anvisa já havia fiscalizado a empresa Syngenta. Na ocasião, foram interditados cerca de 1 milhão de quilos de agrotóxicos com irregularidades e adulterações. Durante a primeira fiscalização, a Agência também apreendeu documentos para análise do agrotóxico Priori Xtra, interditado ontem. Após a análise documental, foi constatada a irregularidade, a pré- mistura chegava a ficar armazenada por mais de 2 meses para depois ser utilizada para a formulação do agrotóxico.
Não há avaliação pela Anvisa sobre o que pode ocorrer neste prazo de armazenamento com a pré-mistura. Existem misturas que podem sofrer alterações nas propriedades físico-químicas que resultam em modificações do seu perfil toxicológico.
Fonte: Anvisa
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