Foi interdita a linha de produção e apreensão de 150 mil litros do agrotóxico Priori Xtra (azoxistrobina + ciproconazole) adulterado. Esse foi o resultado da fiscalização realizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), nesta quarta-feira (21), na fábrica da empresa Syngenta, de origem suíça, em Paulínia (SP).
Os lotes interditados eram produzidos com uma pré-mistura à base de ciproconazole sem registro. O decreto 4.074/02 determina a obrigatoriedade de registro para as pré-misturas utilizadas para a fabricação de agrotóxicos. A produção, com o uso da pré-mistura não autorizada, corresponde de 15 a 20% do agrotóxico Priori Xtra formulado pela empresa. O restante do produto é importado já formulado e apenas embalado no Brasil.
A empresa Syngenta possui cinco dias úteis para apresentar defesa prévia. Só este ano, a Anvisa já apreendeu mais de 5,5 milhões de litros de agrotóxicos adulterados. As fiscalizações ocorrem, principalmente, quando são identificados indícios de irregularidades nos produtos acabados.
No começo de outubro, a Anvisa já havia fiscalizado a empresa Syngenta. Na ocasião, foram interditados cerca de 1 milhão de quilos de agrotóxicos com irregularidades e adulterações. Durante a primeira fiscalização, a Agência também apreendeu documentos para análise do agrotóxico Priori Xtra, interditado ontem. Após a análise documental, foi constatada a irregularidade, a pré- mistura chegava a ficar armazenada por mais de 2 meses para depois ser utilizada para a formulação do agrotóxico.
Não há avaliação pela Anvisa sobre o que pode ocorrer neste prazo de armazenamento com a pré-mistura. Existem misturas que podem sofrer alterações nas propriedades físico-químicas que resultam em modificações do seu perfil toxicológico.
Fonte: Anvisa
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