CTNBio brinca mais uma vez com a saúde do consumidor
Abaixo, artigo da Agência Chasque:
A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou a liberação comercial de três variedades de milho transgênico. Duas espécies são os chamados ‘eventos piramidados’ das empresas Monsanto e Syngenta. Sem a presença de representantes importantes da Comissão como o do Ministério do Meio Ambiente, dois dos quatro eventos piramidados que estavam na pauta foram liberados para comercialização através de um procedimento simplificado, ou seja, sem avaliação de riscos da ocorrência de efeitos adversos. O argumento das empresas para a aprovação dos milhos transgenicos sem análise de risco é que as combinações já foram autorizadas anteriormente. Para a assessora jurídica da ONG Terra de Direitos, Juliana Avanci, de acordo com a Lei de Biossegurança, mesmo nesse caso é necessário fazer avaliação de riscos com os possíveis impactos na saúde humana, no meio ambiente e na economia.
“A análise feita anteriormente pode ser questionável. E agora, com essa combinação de dois ou mais eventos não se sabe o que isso acarreta ou o que essa contaminação poderá nos trazer. Então é uma ameaça a biodiversidade. Pelo principio da precaução, por não se saber das conseqüências, cremos que deva ser feita um estudo mais detalhado sobre esses possíveis impactos”, diz.
Jualiana ainda enfatiza que a forma de aprovação dos transgênicos no Brasil tem sido motivo de polêmica, já que as normas editadas pelo governo para impedir a contaminação não foram suficientes. Com a falta de controle sobre as plantações de transgênicos, os agricultores e consumidores estarão sujeitos à contaminação pelos novos eventos liberados sem saber quais serão as consequências dessas combinações.
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