sábado, 22 de agosto de 2009

Contaminação de milho transgênico: CTNBio $e recu$a a ver

Com a estimativa de aumento na produção de milho transgênico na safra de 2009/2010 para 50%, a indústria começa a se sentir pressionada. A indústria que é preocupada com a opinião dos consumidores promete pagar 15% a mais para o produtor que segregar sua produção. Contudo, esse custo também vai para o consumidor.
Outras indústrias, ao contrário, continuarão a usar os grãos transgênicos. Nos resta esperar para que esses produtos sejam REALMENTE identificados nas prateleiras.
O que a CTNBio acha di$$o?
A Nota Técnica feita pela Secretaria de Agricultura do Paraná em que é comunicada a contaminação de plantações de milho com variedades transgênicas no Estado, a qual teve pedido de análise feito também por OGNs e por representantes do Ministério do Meio Ambiente, não foi analisada pela CTNBio pois "a nota não trazia elementos necessários para uma discussão científica". (??)
Será que a CTNBio preferiu não ver o óbvio? Que a sua resolução que fixa uma faixa de segurança entre a lavoura transgênica e a não-transgênica é só papelada. Se para ter lavoura transgênica o produtor têm que respeitar esta faixa, e o mesmo não respeita, é óbvio que há contaminação. Além disso, é óbvio que o milho transgênico deve ser proibido e os produtores que insistirem no plantio, multados. 
A pressão é através de nossas escolhas. Se informe no Guia do Consumidor do Greenpeace.
Fonte: ECODEBATE e AGÊNCIA ESTADO

2 comentários:

Anônimo disse...

Bem, o problema está no seguinte ponto. è a Monsanto que está patrocinando a maioria das campanhas políticas no Brasil.
Agora é só esperar, sentar, e morrer de doenças causadas pela Monsanto.

Paulo Paes de Andrade disse...

O problema nada tem a ver com a Monsanto, nem com a compra da CTNBio pelas grandes empresas (sugerida pelos cifroezinhos do texto). Tudo besteira. O que acontece é que o estudo feito pelo Paraná é muito falho, e dele não se pode concluir nada. A CTNBio seguiu as recomendações de isolamento que são adotadas em mitos outros países e que estão de acordo com 99% da literatura científica sobre o assunto.As vozes dissonantes são a minoria e se resumem a 3 ou 4 artigos científicos, cujos resultados apontam para fluxo gênico em distâncias maiores do que as tomadas como limites pela CTNBio. Gritaria pela internet e relatórios mal feitos nao sã vozes dissonantes, são ruído. O problema central na "contaminação" do milho não será o fluxo gênico, mas a mistura de sementes, sobretudo se o agricultor usar grão como semente ou se obtiver suas "sementes" (na verdade grãos) nas tradicionais feiras de sementes. Isso vai ser uma séria fonte de problemas, se um dia o agricultor quiser certificar sua produção. Por enquanto, com raríssimas exceções, ninguém está interessado em saber se o milho tem ou não transgenes. É uma grita sem sentido e nada tem a ver com a biossegurança, a soberania ou o direito de cada um plantar e colher o que quiser.
Tudo isso está fartamente documentado e discutido no livro que o MCT publicou em contraponto a um documento prá lá de confuso publicado anteriormente pelo MDA. Era melhor que as questões técnicas fosse sempre comentadas por técnicos,e não por curiosos, à base de ideologia.