Enquanto aqui no Brasil a CTNBio deita e rola na opinião dos consumidores, na Itália, a pressão popular fez com que o sorvete transgênico que não derrete, não seja comercializado na Europa, pelo menos por enquanto.
O sorvete que contém uma proteína sintética (ISP- Ice Structuring Protein) derivada de uma levedura transgênica da Unilever, com a marca Algida na Itália (é igual à Kibon, no Brasil) não entra este ano no mercado europeu. Ao contrário dos Estados Unidos e da Nova Zelândia, onde o produto já é comercializado.
Devemos começar a observar os sorvetes dietéticos da Kibon, se por acaso há esta proteína ISP no rótulo...
Um comentário:
Caros, é a primeira vez que olho para este blog, em busca das formas como o público vê o problema dos transgênicos. Há muitas outras fontes, mas queria acrescentar mais esta. Ocorre que há aqui uma certa confusão de alvos para a crítica, e vou me ater à CTNBio, da qual faço parte. Os ataques deixam claro que a CTNBio deita e rola na opinião dos consumidores. Ocorre que a CTNBio deve levar em consideração a ciência e não a opinião dos consumidores, nem dos produtores, nem da indústria. Quem deve ouvir isso é o MAPA (Min. Agricultura) quando for licenciar o produto para a venda, ou a ANVISA ou, em último recurso, o Conselho Nacional de Biossegurança. Dirigir as metralhadoras à CTNBio pode fazer sentido se a argumentação for científica ou técnica, mas apelar para o consumidor nada tem a ver com o que se faz na CTNBio. De toda forma o IDEC está representado lá e traz algumas vezes as preocupações do consumidor em determinadas questões, que são ouvidas, naturalmente, e, se pertinentes, levadas em consideração.
Por isso as discussões e as informações do blog ficam prejudicadas. Quando tiverem mais foco e mais base técnica, serão certamente mais relevantes. De toda forma, continuaremos a acompanhar com interesse os posts, que expressam a opinião de um setor específico da sociedade (mas está longe de expressar o que o povo brasileiro acha sobre o assunto...)
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